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Como utilizar o geoprocessamento no planejamento urbano

O geoprocessamento é a área de atuação que integra a coleta, o armazenamento, o tratamento e a análise de informações espaciais, através de softwares específicos para as análises espaciais. A base da análise espacial de qual será o objeto do estudo e integrar o espaço a essa análise. A escala espacial também terá que ser definida, pois delimita a área de estudo, podendo ser à nível local, municipal, estadual, entre outras. Outro elemento importante é a análise das características que serão mapeadas. Serão elas as feições ambientais, feições urbanas, dados socioeconômicos, dados vinculados a cadastros (água, luz, IPTU)? Um outro fator relevante é a escala temporal, com a identificação da frequência que um fenômeno ocorre. Por exemplo, no Brasil, durante os meses de verão aumentam os casos de dengue e estes podem ser mapeados após a identificação do lugar (casa, quadra ou bairro). Após a análise da região afetada é realizada uma inspeção no local e o poder público poderá aplicar medidas de controle contra o avanço da doença.

Na Polo Planejamento, a rotina do profissional de geoprocessamento é bem variada, sendo que em alguns dias a produção de mapas temáticos é predominante, assim como, em outros dias a produção de dados é mais recorrente. Produção de dados? Sim! O geoprocessamento é, também, uma ferramenta que possibilita a elaboração de dados através dos processos de análises espaciais realizadas durante um estudo ou projeto. Para a visualização de diversas informações através de mapas são necessários muitos dados “escondidos” nas tabelas de atributos, ou seja, informações tabulares vinculadas a feições do mapeamento.

Como o geoprocessamento trabalha com dados é essencial uma boa organização dessas informações. Um dos primeiros passos para gerenciar o banco de dados georreferenciado é a separação entre os dados externos e os dados internos (gerados pela empresa ou projeto). Tanto os dados externos, por exemplo, dados gerados pelo IBGE, quanto os dados internos da empresa ou ao projeto de elaboração devem ser referenciados quando utilizados. Outro fator importante para a gestão de dados é a nomenclatura, pois, através desta organização, torna-se mais intuitivo encontrar as informações corretas quando forem solicitadas.

A função do analista de geoprocessamento também exige a habilidade de trabalho em equipe, pois é importante compreender a necessidade da equipe técnica, para poder realizar a avaliação da situação e encontrar soluções técnicas para o tema apresentado. Possuir uma comunicação constante com a equipe técnica é indispensável para otimizar o tempo, apresentando soluções práticas para a realização das análises dos dados e para que os dados recebidos sejam compatíveis com as bases georreferenciadas.

Para a execução das análises de dados é necessário que o analista conheça e saiba operar várias ferramentas de geoprocessamento nos softwares específicos. Existem ferramentas de recorte, união, extração de feições ou dados que auxiliam nas análises e a cada solicitação de estudo, é importante identificar a ferramenta apropriada para facilitar o processo.

Após toda organização da base georreferenciada, aí sim será possível a elaboração dos mapas temáticos, sempre analisando qual será a informação principal, qual será a escala espacial mais indicada, assim como, quais cores são compatíveis com tais informações. Cores dizem muito sobre os mapas temáticos, como a identificação de rios com tons de azul e vegetação com tons de verde, sendo assim, intuitivos. Também existem outros elementos básicos na elaboração dos mapas temáticos, como as escalas gráfica e textual, indicação do norte, grades de coordenadas e, claro, a legenda, permitindo que o mapa seja mais preciso e confiável.

E quando o assunto é geoprocessamento não podemos deixar de falar sobre os softwares, sendo que, hoje, os mais utilizados pelo mercado são o QGIS e o ArcGIS. O QGIS é um software livre e aberto e o ArcGIS um software privado, porém ambos são programas poderosos que entregam as ferramentas necessárias para as análises espaciais. Nesse sentido, devemos olhar para o problema com MAIS inteligência e focar menos nas ferramentas, pois ambos entregarão um ótimo resultado quando o analista entender o todo e trouxer uma solução inteligente.

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